Clínica Psicanalítica

Os quatro tempos de uma análise

Estava conversando com uma pessoa sobre a passagem de analisando para analista e acho que vale trazer aqui os quatro tempos de uma análise!

Tayara B. Tomio Publicado em 09/06/2020

Estava conversando com uma pessoa sobre a passagem de analisando para analista e acho que vale trazer aqui os quatro tempos de uma análise!

Primeiro tempo: é o tempo de ver, de perguntar. É o tempo de elaboração de grandes perguntas daquilo que é falado.
O candidato a análise chega com um determinado sofrimento e geralmente com o que ele supõe ser a causa. A queixa aqui ainda é apresentada em voz passiva.

Segundo tempo: é tempo de entender o que viu, é o ensaio de alguma resposta. “Qual a minha responsabilidade diante disso que me queixo?” É o momento em que o sujeito se implica na queixa.

Terceiro tempo: é o tempo de concluir aquilo que viu e entendeu. Nesse momento a lógica binária cai. Você não está mais diante do: ou isso ou aquilo; ou vivo ou morto, etc. A causa que foi vista lá no primeiro tempo não se sustenta mais, aqui entra a escolha e decisão.

Quarto tempo: é o tempo da voz neutra, aqui o impossível é legitimado. É possível conviver com o impossível, que é inerente a condição humana, sem fazer disso um sofrimento.

Vamos participar dos Grupos de Estudos?
A ideia é oferecer um espaço de troca e produção de saber para iniciantes na prática clínica psicanalítica.

CONHEÇA OS GRUPOS DE ESTUDOS

VER GRUPOS DISPONÍVEIS
Veja mais

Sobre a análise com melhor custo-benefício

Normalmente o ser humano busca sempre o melhor dos mundos, ou ainda quer algo sem ter que perder nada. Por exemplo, ele quer comprar um produto que custa além do que pode pagar e chora por um desconto. Quer um relacionamento incrível sem ter que fazer grande esforço ou abrir mão de algo.

Publicado em 26/12/2020

Sobre se observar enquanto fala/escuta

Muitas vezes alguém diz que o analisando x ou y tem dificuldade para falar, e rapidamente a gente refaz essa frase dizendo que na verdade a dificuldade é de se escutar.

Publicado em 17/11/2020