Livros

Semiótica psicanalítica: clínica da cultura

A interlocução da Semiótica com a Psicanálise abre uma perspectiva de captação dos signos para além da percepção consciente, visando suas motivações inconscientes, quando o novo e inesperado aparece para iluminar o real. Na condição mortal e sexuada do ser humano, nos confins do narcisismo, o falante perde e almeja a capacidade de saber sobre si, determinado pelo Outro, guardião do código e representante da cultura. Estes artigos aquilatam o capital intelectual daqueles que têm sido fiéis a uma indagação em progresso, sem promessas de acabamento.

Tayara B. Tomio Publicado em 29/07/2020

A interlocução da Semiótica com a Psicanálise abre uma perspectiva de captação dos signos para além da percepção consciente, visando suas motivações inconscientes, quando o novo e inesperado aparece para iluminar o real. Na condição mortal e sexuada do ser humano, nos confins do narcisismo, o falante perde e almeja a capacidade de saber sobre si, determinado pelo Outro, guardião do código e representante da cultura. Estes artigos aquilatam o capital intelectual daqueles que têm sido fiéis a uma indagação em progresso, sem promessas de acabamento. Costurando e juntando os pontos imperceptíveis dos emaranhados das linguagens na produção social, cultural, tecnológica e psíquica, os artigos narram e constatam como, quanto mais a nossa espécie se desenvolve e cresce em complexidade, o desejo e o gozo se mantêm pertinentes e impertinentes. Assim, os trabalhos publicados nesta coletânea compõem uma produção de pensamentos e ideias que versam sobre a vivência do ser social na sua relação com a função e o campo da palavra, com suas implicações no falar e no dizer. Para tal, o ruído da comunicação pós-humana esboça, sob várias faces, a leitura dos signos pela lente dos três registros da experiência analítica, formalizados por Jacques Lacan - real, simbólico e imaginário -, aliados às categorias fenomenológicas e semióticas de primeiridade, secundidade e terceiridade, de Charles Sanders Peirce. Esses conceitos estão na base dos desdobramentos teóricos que dirigem um olhar crítico para o cidadão na metrópole, o poder de consumo e a sociedade do espetáculo, refletindo as celebridades instantâneas e os factoides que ambientam o cenário do mundo globalizado. Por mais que se multipliquem e diversifiquem as cenas da vida cotidiana, elas demonstram que, para cada um de nós, o discurso do Outro propaga traços e sinais de letras, revelando uma escrita que opera na montagem da posição subjetiva individual, inserida no coletivo. Alertas e desafios consistem no desenvolvimento de uma semiótica de extração psicanalítica, caracterizada pelo modo de ler os fenômenos e contradições dos mal-estares no estágio atual da civilização. Os sintomas que a contemporaneidade tem colocado em evidência reclamam por uma interpretação de ordem simbólica, para evidenciar o jeito como a realidade é construída, com o inconsciente a céu aberto e a pulsão ao rés do chão. A Semiótica Psicanalítica, portanto, pode ser definida como o estudo sistemático das consequências psíquicas dos signos culturais.

Vamos participar dos Grupos de Estudos?
A ideia é oferecer um espaço de troca e produção de saber para iniciantes na prática clínica psicanalítica.

CONHEÇA OS GRUPOS DE ESTUDOS

VER GRUPOS DISPONÍVEIS
Veja mais

A descoberta do inconsciente: do desejo ao sintoma

O verdadeiro capital para o sujeito, a expressão de sua singularidade e de seus nadas, é visitado por Antonio Quinet, que introduz o leitor na hipótese do inconsciente através da explicitação dos conceitos e matemas da psicanálise, fundamentados com diversos exemplos extraídos de sua própria clínica.

Publicado em 11/08/2020

O grafo do desejo

Este livro reúne as aulas proferidas no curso de pós-graduação “O grafo do desejo e a clínica psicanalítica”, realizado no ano de 1993 na Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires (UBA), no “Programa de atualização em psicanálise lacaniana”, sob direção da Dra. Diana Silvia Rabinovich.

Publicado em 27/06/2021