Cotidiano

Sobre o setembro amarelo

Eu gosto muito do ditado que diz “de boas intenções o inferno está cheio”. O que eu entendo dele é que aquele que pratica um ato x ou y realmente achou que seria bacana, entretanto fica o questionamento sobre o que é bom para cada um.

Tayara B. Tomio Publicado em 01/09/2020

Eu gosto muito do ditado que diz “de boas intenções o inferno está cheio”. O que eu entendo dele é que aquele que pratica um ato x ou y realmente achou que seria bacana, entretanto fica o questionamento sobre o que é bom para cada um.

Em tempos de setembro amarelo surgem inúmeros perfis e pessoas com boas intenções dispostas a ouvir o que até então parecia inaudível: eu não quero mais viver.

A morte é algo inexplicável. Ela não tem representação no inconsciente (Freud). Ora, porque quando acontece, já foi! E aí? Então quando eu digo “quero morrer” estou falando do que? Parar a dor? Cessar a angústia? Em muitos momentos erramos a mão quando por via dos medicamentos tiramos a possibilidade de que o sujeito fale sobre isso.

Não me entendam mal, eu gosto do setembro amarelo e seu espaço de escuta. Por sinal, meu desejo é que essas pessoas possam ser ouvidas muito mais. Mas é importante que seja uma escuta qualificada.

Passa muito longe de um “deixa disso; todo mundo tem problemas; falta Deus na sua vida; precisa se animar um pouco ...” É sobre uma escuta muito particular, sobre transformar essa angústia em palavra, sobre trabalhar muito em análise.

Por favor, procurem profissionais qualificados.

Vamos participar dos Grupos de Estudos?
A ideia é oferecer um espaço de troca e produção de saber para iniciantes na prática clínica psicanalítica.

CONHEÇA OS GRUPOS DE ESTUDOS

VER GRUPOS DISPONÍVEIS
Veja mais

Eu queria ter a sua motivação

Não é possível querer isto que é do outro. Cada um destes sentimentos é fruto de coisas muito específicas, de um caminho muito particular, de dores e alegrias que somente aquela pessoa vivenciou.

Publicado em 23/06/2021

Agora que eu perdi, parece que quero mais

Escutei essa frase estes dias na clínica, e sem dúvida já escutei muitas vezes em diferentes versões.

Publicado em 14/10/2020