Alguns psicólogos acreditam que não exista terapia no mundo que funcione se o paciente não tiver um real desejo de mudança. Bom, para a psicanálise o buraco é bem mais embaixo.
Da perspectiva lacaniana (base para meus textos), o analista não pode confiar no discurso de melhora por parte do sujeito. Nem nos discursos iniciais “quero taaaanto mudar” e nem naqueles milagres que acontecem depois de três sessões (não estou falando aqui dos efeitos terapêuticos ... esses podem existir). Para os que estão começando a clínica agora, é importante lembrar que o sujeito investe muito na manutenção dos sintomas, e por mais que afirme que quer se livrar deles, o empenho é em justamente não desestabilizar as coisas!
Mas como pode não querer abrir mão daquilo que faz sofrer? Ora, isso é o sintoma: proporcionar algum tipo de satisfação, mesma que não seja óbvia aos olhos (e ouvidos!).
Ele disse que queria mudanças, mas desistiu da terapia
Alguns psicólogos acreditam que não exista terapia no mundo que funcione se o paciente não tiver um real desejo de mudança. Bom, para a psicanálise o buraco é bem mais embaixo.
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É preciso agarrar o touro pelos chifres
Cheguei ressentida na análise. Algo sobre o qual já havia falado muitas vezes, e aparentemente compreendido, acontecera novamente. E novamente me incomodava. A analista questiona então o porque da chateação. Se eu estou afirmando que já havia falado sobre aquilo e compreendido os motivos da pessoa, porque voltava a me magoar. Não sei respondi. É comum esbarrar nesses “não sei”.
Você não faz terapia? Parece que está pior ...
“Nossa, mas você não está fazendo terapia? Parece que agora está pior.” Já ouviram essa frase de familiares e amigos? Talvez ela soe como um clichê, mas quero usá-la para exemplificar meu ponto.