Estava em um grupo de supervisão estes dias em que falávamos justamente sobre isso. Quando começamos na clínica queremos “mostrar trabalho”. Mas o que isso significa pra cada um de nós? Quer que a pessoa saia aliviada da sessão? Quer que cada sessão seja um show a parte? Quer que a pessoa estabeleça mudanças na vida e livre-se daquilo que reclama?
“Mas vou ficar lá só escutando?”. Sim, porque escutar não é pouca coisa. E não se enganem, demorei muito pra entender essa frase: escutar não é pouca coisa.
Escutar, ser paciente, suportar as repetições. Não será um grande insight a cada sessão. Será um pequeno furo. Sessão após sessão, um furo de cada vez, até o dia que os furos se unem e formam um rasgo maior (imaginem um tecido e uma agulha fazendo um pequeno furo de cada vez, até o momento em que se unem e rasgam).
Precisamos nos livrar da pressa, dessa coisa de “mostrar resultado”, do desejo de curar.
Precisamos nos curar do desejo de curar
Estava em um grupo de supervisão estes dias em que falávamos justamente sobre isso. Quando começamos na clínica queremos “mostrar trabalho”. Mas o que isso significa pra cada um de nós? Quer que a pessoa saia aliviada da sessão? Quer que cada sessão seja um show a parte? Quer que a pessoa estabeleça mudanças na vida e livre-se daquilo que reclama?
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Normalmente o ser humano busca sempre o melhor dos mundos, ou ainda quer algo sem ter que perder nada. Por exemplo, ele quer comprar um produto que custa além do que pode pagar e chora por um desconto. Quer um relacionamento incrível sem ter que fazer grande esforço ou abrir mão de algo.
Para quem só sabe usar martelo, todo problema é um prego
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