Muita gente deve achar que a psicanálise (lacaniana) está muito focada na infância, nos acontecimentos do passado, etc. Deve-se isso ao fato de ser comum existirem perguntas sobre esse período da vida. Como era na infância? Isso acontece desde a infância? Como eram seus pais? E por aí vai. Então a psicanálise aponta para o passado? Não … até mesmo porque não é possível alterar o que aconteceu.
O analista lacaniano aponta sempre para o Real do seu analisando, para o indizível. O que acontece é que nos interessa as primeiras nomeações desse sujeito (que aconteceram na infância). É preciso voltar ao passado para escutar do analisando e este se escutar sobre os primeiros significantes.
Então na clínica, diante daquilo que ainda não pode ser dito, a nossa intervenção não pode ser de acolher, de entender, de apaziguar. É preciso aguardar o tempo de cada analisando para que ele possa se arriscar, e aí sim começar a nomear.
Bom, e aí quando é possível dar nome (nomear, criar) algo incrível acontece! Esse novo significante entra na cadeia de significantes do analisando, modificando-a.
A psicanálise é sobre o passado?
Muita gente deve achar que a psicanálise (lacaniana) está muito focada na infância, nos acontecimentos do passado, etc. Deve-se isso ao fato de ser comum existirem perguntas sobre esse período da vida. Como era na infância? Isso acontece desde a infância? Como eram seus pais? E por aí vai. Então a psicanálise aponta para o passado?
Tayara B. Tomio
Publicado em 27/07/2020
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