Um argumento simples resulta um livro extraordinário. Qual caso clínico teve impacto transformador no seu entendimento ou na sua prática da psicanálise? Posta a questão para dezessete psicanalistas de prestígio na França, a jornalista Violaine de Montclos descortina em histórias curtas e densas, o alcance, a coerência e a intensidade das relações psicanalista-paciente e a atualidade do saber psicanalítico. Este livro, como a psicanálise, é produto da arte do encontro. Um encontro, pôr-se frente a frente a um outro, é sempre um ponto de partida. Ainda mais quando se dá entre analista e analisando. Aqui, dezessete renomados e experientes psicanalistas franceses expõem e mostram o poder que os encontros têm de encetar transformações nas vidas dos que se encontram. Aqui, não se trata apenas de desvelar os traumas de infância ou os abusos, de superar a infertilidade e o crime, de escapar a armadilhas autoimpostas, mas sobretudo de revelar a fragilidade demasiado humana do analista, como o guia que percebe que o caminho que tem à frente é, também para ele, desconhecido. Há transferência, claro, nessa relação. Mas há também espelhamento, reflexos, reflexão. Há, ainda, um terceiro lado nestas narrativas, um segundo encontro paralelo, o da jornalista com os terapeutas, com cada um dos que descrevem para ela o Seu Paciente Favorito, aquele que o fez um outro analista e, por vezes, outra pessoa. Violaine de Montclos inverte assim o fluxo usual de palavras no consultório e, hábil narradora, transforma essas (in)confidências em momentos de reflexão também para quem as lê.
Seu paciente favorito: 17 historias extraordinárias de psicanalistas
Um argumento simples resulta um livro extraordinário. Qual caso clínico teve impacto transformador no seu entendimento ou na sua prática da psicanálise? Posta a questão para dezessete psicanalistas de prestígio na França, a jornalista Violaine de Montclos descortina em histórias curtas e densas, o alcance, a coerência e a intensidade das relações psicanalista-paciente e a atualidade do saber psicanalítico.
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O que Lacan dizia das mulheres
Com um olhar penetrante, Colette Soler mistura teoria com especialidade clínica. Ela explica de forma sedutora o que Lacan pensou sobre a controversa questão de diferença sexual.
O infamiliar
Nenhum texto de Freud foi traduzido de maneiras tão diferentes. Em português, “Das Unheimliche” já foi traduzido como “O estranho” e, mais recentemente, como “O inquietante”; já em outras línguas, como equivalentes a “A inquietante estranheza”, “O inquietante familiar”, “O sinistro”, “O ominoso”, “O perturbador” etc.