A banalidade do mal tem a ver com a paixão pela instrumentalidade. O mal se torna banal quando as condições de pensamento se esvaziam e as pessoas deixam de se comprometer com sua capacidade de julgamento, e o sujeito pode perder “alegremente” no meio da massa o seu compromisso ético. O sentimento de pertencimento ao coletivo é o sentimento de não ter que se responsabilizar pelo próprios atos, e surge então a paixão de se dissolver completamente.
Parar de pensar é sempre muito tentador. Uma incessante busca por uma desculpa para fugir da solidão de nossas mentes, que é a condição do diálogo moral de cada um com sua consciência. Os grupos, como o de amigos, família, torcidas, igreja, etc, não nos oferecem apenas ideologias e desculpas, mas sim uma função para cada um de seus membros. Assim, não é necessário decidir sobre a própria vida, mas sim exercer um papel no coletivo.
Dentro desse contexto, questiona-se: por que a ideia de abdicar da própria subjetividade é tão atraente e faz tanto sucesso? Existe uma faceta de nossa humanidade que pretende alienar-se por inteiro no desejo do Outro?
Sobre a banalidade do mal
A banalidade do mal tem a ver com a paixão pela instrumentalidade. O mal se torna banal quando as condições de pensamento se esvaziam e as pessoas deixam de se comprometer com sua capacidade de julgamento, e o sujeito pode perder “alegremente” no meio da massa o seu compromisso ético. O sentimento de pertencimento ao coletivo é o sentimento de não ter que se responsabilizar pelo próprios atos, e surge então a paixão de se dissolver completamente.

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Sobre a frase "ahh vai fazer análise"
Eu não entendo esse argumento para por fim a uma discussão onde duas pessoas não chegam a um ponto em comum.
Sobre a montagem perversa
Em 1963, Hannah Arendt publicou a obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. O que ela pretendia que fosse uma mera exposição do julgamento do nazista Adolf K. Eichmann em Jerusalém, converteu-se em uma imensa controvérsia política e moral, a qual acabou por definir a produção filosófica da autora até sua morte, em 1975.