Esses dias apareceu um anúncio sobre um curso que prometia para mulheres de 30 a 40 anos equilíbrio emocional. O anúncio remetia aquele equilíbrio meio anestésico, sabe? A promessa era quase sobre conseguir não sentir nada.
Aí fiquei pensando sobre esse tal de equilíbrio emocional. Algumas vezes eu pergunto na clínica aos analisandos “poxa, mas não tinha um meio termo?”, quando eles falam sobre os extremos em que vivem. Mas em muitas outras situações a pergunta justamente é “mas não podia sentir isso ou aquilo?”.
Por inúmeras vezes buscamos o tal do equilíbrio anestésico, onde não queremos sentir nada, não nos permitimos sentir nada. Mas será que é um problema mesmo?
Uma mãe que diz estar exausta frente aos filhos, alguém que diz estar magoado com o amigo porque este fez algo infeliz, outro que se sente triste por conta de uma bronca do chefe ... não é pra se sentir assim? Como não se sentir assim diante das mazelas da vida? E quando eu faço essa pergunta é porque quero que vocês percebam que está tudo bem sentir tudo isso!
Muitos de vocês chegam a análise buscando eliminar tudo isso. Não querem sentir nada. Como isso seria possível gente?
Então voltando ao equilíbrio emocional na forma de anestésico ... não, muito obrigada. Deixa chorar, sorrir, frustrar, amar, sofrer ... a vida está aí.
Sobre o tal equilíbrio emocional
Por inúmeras vezes buscamos o tal do equilíbrio anestésico, onde não queremos sentir nada, não nos permitimos sentir nada. Mas será que é um problema mesmo?

Compartilhe
Vamos participar dos Grupos de Estudos?
A ideia é oferecer um espaço de troca e produção de saber para iniciantes na prática clínica psicanalítica.CONHEÇA OS GRUPOS DE ESTUDOS
VER GRUPOS DISPONÍVEISVeja mais
Sobre as promessas para o ano novo
Por que nos apegamos a resoluções de ano novo? Qual a diferença entre estabelecer uma meta no dia 01 ou no dia 12? Todo início de ano novo prometemos as mais diversas tarefas: melhorar alimentação, estudar mais, fazer exercício, ser mais isso ou aquilo.
Publicado em 04/01/2021
Sobre os erros
Os erros também nos ensinam lições importantes, e saber lidar com a frustração temporária que ele traz faz parte do jogo!
Publicado em 24/06/2020