Tenho pensado muito sobre a psicanálise, talvez esteja tentando me curar dela. Quanto mais análise pessoal, supervisões e estudos, mais eu me apaixono, e ao mesmo tempo entendo que é um ofício (não a única verdade, nem a solução, e muito menos uma religião).
Agora … há de se admitir que é um oficio um tanto quanto diferente. Esqueça a teoria e imagine a cena: todos os dias pessoas estranhas chegam ao seu consultório, sentam na poltrona ou se deitam no divã e falam sobre suas vidas: segredos, medos, receios, pensamentos, angústias. Não há um pedido de orçamento, uma proposta comercial, não há prazo de entrega ou produto vendido.
Às vezes eles chegam adolescentes e saem de lá adultos com filhos, nós escutamos sobre os seus amores, suas perdas, lutos, trocas de emprego. Me parece algo único e me emociono ao pensar nisso.
Por que buscamos essa profissão? O que nos interessava? Ou nos angustiava? Saímos imunes a tantos encontros? Como eles nos atravessam, nos marcam? Enfim, só um pouco do que ando pensando nos últimos tempos.
Sobre o nosso ofício
Tenho pensado muito sobre a psicanálise, talvez esteja tentando me curar dela. Quanto mais análise pessoal, supervisões e estudos, mais eu me apaixono, e ao mesmo tempo entendo que é um ofício (não a única verdade, nem a solução, e muito menos uma religião).

Vamos participar dos Grupos de Estudos?
A ideia é oferecer um espaço de troca e produção de saber para iniciantes na prática clínica psicanalítica.CONHEÇA OS GRUPOS DE ESTUDOS
VER GRUPOS DISPONÍVEISVeja mais
A psicanálise é sobre o passado?
Muita gente deve achar que a psicanálise (lacaniana) está muito focada na infância, nos acontecimentos do passado, etc. Deve-se isso ao fato de ser comum existirem perguntas sobre esse período da vida. Como era na infância? Isso acontece desde a infância? Como eram seus pais? E por aí vai. Então a psicanálise aponta para o passado?
Foi sem querer querendo
“Foi sem querer querendo”, “falei de brincadeira” ou ainda “é mentirinha”, pode ser a maneira de uma verdade ser anunciada. Freud já dizia em “Os chistes e sua relação com o inconsciente” que brincando pode se dizer tudo, até a verdade.