Tenho pensado muito sobre a psicanálise, talvez esteja tentando me curar dela. Quanto mais análise pessoal, supervisões e estudos, mais eu me apaixono, e ao mesmo tempo entendo que é um ofício (não a única verdade, nem a solução, e muito menos uma religião).
Agora … há de se admitir que é um oficio um tanto quanto diferente. Esqueça a teoria e imagine a cena: todos os dias pessoas estranhas chegam ao seu consultório, sentam na poltrona ou se deitam no divã e falam sobre suas vidas: segredos, medos, receios, pensamentos, angústias. Não há um pedido de orçamento, uma proposta comercial, não há prazo de entrega ou produto vendido.
Às vezes eles chegam adolescentes e saem de lá adultos com filhos, nós escutamos sobre os seus amores, suas perdas, lutos, trocas de emprego. Me parece algo único e me emociono ao pensar nisso.
Por que buscamos essa profissão? O que nos interessava? Ou nos angustiava? Saímos imunes a tantos encontros? Como eles nos atravessam, nos marcam? Enfim, só um pouco do que ando pensando nos últimos tempos.
Sobre o nosso ofício
Tenho pensado muito sobre a psicanálise, talvez esteja tentando me curar dela. Quanto mais análise pessoal, supervisões e estudos, mais eu me apaixono, e ao mesmo tempo entendo que é um ofício (não a única verdade, nem a solução, e muito menos uma religião).
Tayara B. Tomio
Publicado em 03/10/2020
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