Tenho pensado muito sobre a psicanálise, talvez esteja tentando me curar dela. Quanto mais análise pessoal, supervisões e estudos, mais eu me apaixono, e ao mesmo tempo entendo que é um ofício (não a única verdade, nem a solução, e muito menos uma religião).
Agora … há de se admitir que é um oficio um tanto quanto diferente. Esqueça a teoria e imagine a cena: todos os dias pessoas estranhas chegam ao seu consultório, sentam na poltrona ou se deitam no divã e falam sobre suas vidas: segredos, medos, receios, pensamentos, angústias. Não há um pedido de orçamento, uma proposta comercial, não há prazo de entrega ou produto vendido.
Às vezes eles chegam adolescentes e saem de lá adultos com filhos, nós escutamos sobre os seus amores, suas perdas, lutos, trocas de emprego. Me parece algo único e me emociono ao pensar nisso.
Por que buscamos essa profissão? O que nos interessava? Ou nos angustiava? Saímos imunes a tantos encontros? Como eles nos atravessam, nos marcam? Enfim, só um pouco do que ando pensando nos últimos tempos.
Sobre o nosso ofício
Tenho pensado muito sobre a psicanálise, talvez esteja tentando me curar dela. Quanto mais análise pessoal, supervisões e estudos, mais eu me apaixono, e ao mesmo tempo entendo que é um ofício (não a única verdade, nem a solução, e muito menos uma religião).

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Sobre já ter um diagnóstico
“Sou borderline.” Como você lida com TDAH na clínica? Tenho depressão.” É muito comum chegarem perguntas aqui sobre isso, ou receber na primeira sessão candidatos a análise descrevendo o que são ou o que tem. E aí, como a psicanálise encara tudo isso?
Precisamos nos curar do desejo de curar
Estava em um grupo de supervisão estes dias em que falávamos justamente sobre isso. Quando começamos na clínica queremos “mostrar trabalho”. Mas o que isso significa pra cada um de nós? Quer que a pessoa saia aliviada da sessão? Quer que cada sessão seja um show a parte? Quer que a pessoa estabeleça mudanças na vida e livre-se daquilo que reclama?