Cotidiano

Sobre se conhecer na análise

A gente sabe demais sobre tudo, tem certeza demais sobre tudo. Se por um lado alguns afirmam que análise é para “se conhecer melhor”, eu sinto que com o passar dos anos a análise me possibilitou o desconhecimento.

Tayara B. Tomio Publicado em 17/09/2020

A gente sabe demais sobre tudo, tem certeza demais sobre tudo. Se por um lado alguns afirmam que análise é para “se conhecer melhor”, eu sinto que com o passar dos anos a análise me possibilitou o desconhecimento.

As certezas que eu tinha sobre quem eu era, como as coisas seriam, simplesmente foram caindo. A opinião sobre tudo que eu insistia em ter foi dando espaço para a falta, para o não saber.

Isso é muito libertador.

Abrir este espaço é uma possibilidade de construção, de mudança, de contradição. De abrir mão daquilo que até então parecia cristalizado.

A gente vai para análise para saber que não saber também é uma opção.

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Sobre a montagem perversa

Em 1963, Hannah Arendt publicou a obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. O que ela pretendia que fosse uma mera exposição do julgamento do nazista Adolf K. Eichmann em Jerusalém, converteu-se em uma imensa controvérsia política e moral, a qual acabou por definir a produção filosófica da autora até sua morte, em 1975.

Publicado em 26/07/2021

É preciso agarrar o touro pelos chifres

Cheguei ressentida na análise. Algo sobre o qual já havia falado muitas vezes, e aparentemente compreendido, acontecera novamente. E novamente me incomodava. A analista questiona então o porque da chateação. Se eu estou afirmando que já havia falado sobre aquilo e compreendido os motivos da pessoa, porque voltava a me magoar. Não sei respondi. É comum esbarrar nesses “não sei”.

Publicado em 27/01/2021