Que atire a primeira pedra o profissional que nunca ouviu essa frase ou variações dela. “Você analisa tudo o que eu falo? Ahh você entende né, é psicóloga. Etc, etc etc.” Acho até compreensível as pessoas falarem isso, porém é um grande equívoco. Além do fato de propagar esteriótipos sobre os psis: somos calmos, pacientes, queremos sempre ajudar, bondosos, etc.
Talvez não fique claro para as pessoas que não é assim que o processo funciona. Talvez não fique claro que dentro do setting analítico estamos exercendo uma função muito específica, e que no dia a dia não é isso que acontece.
Quando um amigo conversa comigo, a escuta é muito diferente daquela que exerço no meu ofício. Eu quero poder fofocar, rir das piadas, dividir experiências, sonhar junto, torcer por essa pessoa. Eu quero poder dizer que sinto muito, que fico feliz por ele, quero alimentar meu ego e ao final da conversa ir embora sem ter que pagar ou receber algo ($).
O quão insuportável seria analisar o tempo todo? Como ficariam as minhas relações? Como seria criar um filho se ao invés de mãe fosse analista dele? Onde estaria a filha, esposa, amiga, colega?
Você é psicóloga? Aposto que analisa todas as conversas
Que atire a primeira pedra o profissional que nunca ouviu essa frase ou variações dela. “Você analisa tudo o que eu falo? Ahh você entende né, é psicóloga. Etc, etc etc.” Acho até compreensível as pessoas falarem isso, porém é um grande equívoco. Além do fato de propagar esteriótipos sobre os psis: somos calmos, pacientes, queremos sempre ajudar, bondosos, etc.

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Sobre saber não saber
Quando pensamos em psicanálise uma das coisas que vem a cabeça é sobre o não saber. Aqui eu sempre associo com algumas coisas: sujeito suposto saber, sobre lidar com o não todo saber e principalmente que é preciso saber não saber.
Agora que eu perdi, parece que quero mais
Escutei essa frase estes dias na clínica, e sem dúvida já escutei muitas vezes em diferentes versões.