Que atire a primeira pedra o profissional que nunca ouviu essa frase ou variações dela. “Você analisa tudo o que eu falo? Ahh você entende né, é psicóloga. Etc, etc etc.” Acho até compreensível as pessoas falarem isso, porém é um grande equívoco. Além do fato de propagar esteriótipos sobre os psis: somos calmos, pacientes, queremos sempre ajudar, bondosos, etc.
Talvez não fique claro para as pessoas que não é assim que o processo funciona. Talvez não fique claro que dentro do setting analítico estamos exercendo uma função muito específica, e que no dia a dia não é isso que acontece.
Quando um amigo conversa comigo, a escuta é muito diferente daquela que exerço no meu ofício. Eu quero poder fofocar, rir das piadas, dividir experiências, sonhar junto, torcer por essa pessoa. Eu quero poder dizer que sinto muito, que fico feliz por ele, quero alimentar meu ego e ao final da conversa ir embora sem ter que pagar ou receber algo ($).
O quão insuportável seria analisar o tempo todo? Como ficariam as minhas relações? Como seria criar um filho se ao invés de mãe fosse analista dele? Onde estaria a filha, esposa, amiga, colega?
Você é psicóloga? Aposto que analisa todas as conversas
Que atire a primeira pedra o profissional que nunca ouviu essa frase ou variações dela. “Você analisa tudo o que eu falo? Ahh você entende né, é psicóloga. Etc, etc etc.” Acho até compreensível as pessoas falarem isso, porém é um grande equívoco. Além do fato de propagar esteriótipos sobre os psis: somos calmos, pacientes, queremos sempre ajudar, bondosos, etc.

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Sobre as regras que a gente cria
Esses dias eu vi um post por aqui que me fez pensar algumas coisas. Estavam tirando sarro da geração dos anos 90 que nunca usou os adesivos que vinham no caderno. Admito que era dessa turma: ficava aguardando o momento certo, a página especial ... no fim nunca chegou e por esses dias vi cadernos antigos com adesivos intactos.
É preciso agarrar o touro pelos chifres
Cheguei ressentida na análise. Algo sobre o qual já havia falado muitas vezes, e aparentemente compreendido, acontecera novamente. E novamente me incomodava. A analista questiona então o porque da chateação. Se eu estou afirmando que já havia falado sobre aquilo e compreendido os motivos da pessoa, porque voltava a me magoar. Não sei respondi. É comum esbarrar nesses “não sei”.